Larissa, acabo de conhecer seu blog, por acaso (como tudo na vida), vasculhando este vasto mundo virtual (mais fácil teria sido nos esbarrarmos por aí, em tratamento, pois também fui paciente do Dr. Miyagi). Pesquisava sobre o provável tratamento a que terei que me submeter: vacina de células dendríticas ou transplante de medula óssea. O "ou" é por minha conta, meu médico disse "e" (risos). Ao topar com você, tive um acesso tão grande de ansiedade, subia e descia a barra lateral, freneticamente, em busca dos primeiros posts, queria ler e absorver tudo de uma única vez, e tive pânico de o blog, de repente, sair do ar, e eu acabar perdendo o tesouro encontrado. A tudo isso, some-se o penúltimo capítulo da novela "Avenida Brasil" começando (risos). A leitura sobre sua vida me fisgou, e a novela ficou de lado (risos). Se somos únicos em nossa individualidade e maneira de ver o mundo, diria então que não encontrei a mim mesma, mas a uma irmã gêmea. E você, por mais que eu não esteja sozinha nessa luta, me fez sentir menos só. Sei que muitos são os casos de linfoma no mundo. Mas até então só conhecia pessoas que se curaram ou morreram. Eu ainda nado, há 11 anos (e não aceito morrer na praia). Como você, também fiz dois transplantes (autólogo e alogênico, o terceiro é cogitado), vários protocolos quimioterápicos, internações em UTI's, quatro radioterapias, interleucinas, brentuximab, e inúmeras complicações que não vêm ao caso (cansam para contar). Me emocionei com o milagre de sua gravidez, seu casamento e todos os outros acontecimentos de alegrias, tristezas, medos e superações. Estou casada com o mesmo namorado que, com um mês de namoro, recebeu a má notícia junto comigo e de mim, para minha sorte, nunca mais se separou (tinha 22 anos de idade e estava há seis meses do meu diploma universitário). Gostaria tanto de manter contato, conversar. Se puder me responder, me dizer como está, ficarei muito feliz. Beijos.
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