6 de jan. de 2012

CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL - OXÍMORO?

Hoje assisti à parte de um documentário chamado "Obsolência programada", que trata da lógica da economia capitalista de crescer por crescer, a ponto de todas as coisas produzidas terem uma vida útil cada vez menor, o que, por um lado, estimula o consumo e, de outro, aumenta os resíduos (o que fazer com eles, onde descartá-los?). O primeiro produto a sofrer da tal obsolência programada foi a lâmpada. Criada para durar 1500 horas, aos poucos o mercado foi dominado por cartéis, que passaram a controlar o consumo e a ditar seu tempo de vida útil, introduzindo dispositivos que reduziram aquelas horas. E a idéia espalhou-se para todos os setores e bens de consumo. O lema de nossa sociedade atual é "comprar, jogar fora, comprar". O custo do conserto de um bem durável hoje em dia praticamente atinge o valor de um novo, o que faz com que o descarte e a compra de um novo sejam a opção escolhida pela sociedade de consumo.
Economistas igualam a lógica capitalista ao câncer, o único que cresce por crescer.
Os reflexos desse comportamento já são sentidos e temas como o crescimento sustentável estão na ordem do dia. Afinal, o mundo é finito e por isso não comporta um crescimento infinito da economia.
Sobre o assunto recomendo a leitura do texto http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-753X2004000200012&script=sci_arttext, que, em resumo, afirma:

"Desenvolvimento sustentável deve ser desenvolvimento sem crescimento – mas com o controle da população e a redistribuição da riqueza – se é para ser um ataque sério à pobreza."


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