5 de ago. de 2013

PSICANÁLISE

É preciso fazer psicanálise para sofrer e gozar de seu fascínio. Freud e Lacan foram gênios. O descentramento do eu provocado pelas teorias de Freud foi um golpe certeiro na vaidade humana. Lacan, por sua vez, ao afirmar que a relação sexual não existe antecipou o que, de maneira poética, Manuel Bandeira escreveria anos depois: "(...) As almas são incomunicáveis. Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não." 
E, então, me perguntam qual a contribuição da psicanálise para o indivíduo. Estaria ela condenada a oferecer mais perguntas do que respostas?
Para mim, a psicanálise entrega muitas perguntas, mas também respostas. Porém, respostas não a prêt-à-porter. São respostas que levam em conta a tal liberdade a que Sartre disse estarmos todos condenados. 
Tem um vídeo no Youtube, bastante engraçado, em que Jorge Forbes faz um comentário a respeito de quem começa uma análise. Diz ele. A pessoa chega em casa com um ar de felicidade no rosto, exibindo para todos a pepita que ela encontrou. Depois de vários dias falando sobre a tal pepita, as pessoas comentam: "Escuta, vc tem mesmo certeza de que essa análise está lhe fazendo bem?"

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